segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mais um dia...

Mais um dia em que não consigo tirar nenhuma alegria daquilo que faço.
Mas não trouxe trabalho para casa. Saí da escola às 6 da tarde, cumpri o meu horário inteirinho, até mais do que devia já que almocei em quinze minutos e o resto foi sempre a bulir.
O pior foi que quando saí, fui com a minha filhota do meio ao supermercado e andámos as duas a comprar chocolates que comemos no caminho para casa. Um dia não são dias...
E não é verdade que não tiro nenhuma alegria do que faço. Apesar de andar cansada e frustrada, os meus alunos dão-me muitas alegrias.
Mas se eu pudesse deixar de trabalhar... nem pensava duas vezes.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Novo ânimo

Tenho andado a pensar e a repensar e não encontro forma de dar a volta à minha vida (profissional), que acho que é o que me puxa para baixo. É um trabalho que nunca está terminado e eu sou bastante perfeccionista no que diz respeito à minha profissão e culpabilizo-me quando os resultados não são os que eu espero. Sinto-me incompetente, apesar de ter resultados muito bons.
Tenho que parar com isto. Tenho que trabalhar apenas as horas que me competem e se o trabalho não ficar feito, aceitar que a culpa é do sistema. Tenho que ter fins de semana e feriados. Tenho uma família e os meus filhos também precisam de mim.
Este ano estou a trabalhar em condições perfeitamente ridículas. Andamos todos a brincar às escolas e a fingir que chegamos a algum lado. Eu que nunca fui uma militante activa de nenhum partido (apesar de nunca ter falhado uma eleição), acredito cada vez mais que o objectivo de tudo isto é acabar com a escola pública.
Eu continuarei a desempenhar a minha profissão o melhor que sei e posso, mas não vou sacrificar mais a minha família.
Desculpem o desabafo e espero conseguir cumprir o que digo.

Quanto a dietas, não consigo emagrecer. Há meses que ando à volta dos 62 e não consigo descer dai. Espero que o solinho me dê alento.
O ano passado foi o primeiro em mais de dez anos em que voltei a vestir um biquíni. Este ano quero voltar a fazê-lo.
Vamos trabalhar para o Verão.

Espero que o encontro tenha corrido bem. Apesar de nunca ter dito que ia, lembei-me muito de vocês.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Não há como...

Não há como um belo dia de sol para tudo parecer melhor.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mais um dia...

...a chegar a casa às nove da noite, com trabalho para preparar, por causa de uma reunião da treta, onde se discutem assuntos da treta por um tempo interminável.

No outro dia disseram-me que uma das formas de sair de momentos em que estamos menos bem é fingir que somos felizes. Fingir, fingir, até nós acreditarmos. Será que meter a cabeça na areia é solução? Vou tentar. Mal não faz e será mais fácil aturar-me.

Obrigada a todas pelo carinho.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sobreviver

Há quase dois meses (pelo menos) que tenho a consciência de que estou num buraco fundo de onde não consigo sair.
O trabalho não tem fim. A juntar aos horários malucos e às reuniões fora de horas, há a preparação de aulas e a correcção de trabalhos que tenho que fazer em casa. Não há noites nem fins de semana. E mesmo assim, o trabalho não fica todo feito, antes pelo contrário.
A paciência para os alunos é nenhuma.
A disponibilidade para o marido é nenhuma.
Estar bem disposta ao pé dos filhos não acontece.
A casa parece uma pocilga.
Quando não estou a trabalhar, frustrada como tudo, estou a chorar.
De dia arrasto-me, de noite não durmo.
Não consigo estar um minuto sozinha.
Não consigo descansar um minuto.
E quando penso que tenho um marido que me ama e que eu amo, três filhos lindos, saudáveis e inteligentes, uma casa e um emprego sinto-me a mulher mais ingrata do mundo. Ainda fico pior.
Eu não sou (era) assim, sou (era) optimista por natureza, vejo (via) sempre o copo meio cheio.